30 de ago. de 2008

Os 8 momentos mais sinistros da adolescência.

Passar por cada um deles é o cúmulo do constrangimento. Dá vergonha alheia de si mesmo.

1. A primeira melada de cueca dormindo. É mais ou menos como os soldados nos primeiros 20 minutos do Resgate do Soldado Ryan. O pirralho fica assustado, confuso e conferindo se aquele líquido estranho tá saindo do corpo dele. Depois que percebe que não é mijo pegando com a ponta dos dedos e vendo que estica feito uma corda de equilibrista, é hora de se limpar. Se um assassino aprendesse com um guri desse como esconder as evidências, nenhum crime teria solução.



2. A primeira xavecada numa menina. Nesse caso, a conversa sempre começa com um "Oi, tudo bom"? Ou então contando alguma piada ridícula, ou qualquer coisa pior que isso. Nos tempos atuais provavelmente o pirralho fala sobre como as fotos dela são bonitas no Orkut ou pede o MSN. Mas o resultado é pior do que Woory Allen falando sozinho.



3. Ficar de pau duro na frente da galera na piscina ou na praia. Nesa fase, quando a bilola sobe é mais ou menos como um furacão. É uma força incontrolável que chega com pouco ou nenhum aviso, deixando você ferrado enquando segue o curso. A primeira coisa que o pirralho faz é inclinar o corpo pra frente ou arrumar um lugar pra sentar, e dar aquela disfarçada básica no hasteamento do mastro. Ou então de repente bate uma vontade súbita de mergulhar pra se esconder do mico, mas aí já é tarde, literalmente o circo tá armado. E pra completar, com certeza o melhor amigo estará ao lado pronto pra dizer "Fulano tá de pau duroooooo!". Ah, fdp!



4. Se mijar/cagar na frente da galera ou em público. Quando adolescentes, não sabemos bem qual a capacidade da nossa bexiga ou do amigo intestino. A gente sempre acha que pode segurar mais um pouquinho, até as costas começarem a doer de tanto contorcionismo. Descobrimos que pular ou dançar não ajuda nem um pouco a segurar o xixi, e que chega uma hora que peidos saem ao bel prazer do furico. Aí, meus amigos, você está muito próximo de assistir as duas últimas aulas escondendo a calça pra ninguém ver que você se mijou ou se contorcendo achando que assim não vai espalhar o futum da freada de bicicleta que ficou na cueca. Tarde demais, amigão. Recomponha-se, use o restinho da sua dignidade e vá mais cedo pra casa ouvindo todos lhe chamando de mijão ou cagão. Mesmo quando você estiver formado, casado, sempre vai ter um corno dizendo "e naquela vez que fulano se cagou na escola?". Esse é o primeiro da lista dos filhos da puta que você vai negar até um copo d´água no deserto.



5. A primeira briga. Essa é uma das piores situações, ainda mais se na sua escola, assim como houve na minha, tiver aquele gordão chato metido a forte que tira o dia pra ficar enchendo o saco e dando porrada nos mais fracos. Eu não era nenhum exemplo de força no colégio. Apelidos como Vassourito e Salsicha sempre me acompanharam. E na minha época tinha um japa gordo chato pra cacete que me escolheu pra Cristo. Ou você aceita o seu papel de capacho, ou parte pra briga, na certeza do "eu me fodo mas levo uns 2 dentes dele". No meu caso, não consegui levar dente nenhum e ainda fiquei com fama de mole. Se você tiver a chance, economize 1 mês de mesada e pague a alguém mais forte que o gordão pra dar uma lição nele, e como no pôker, blefe dizendo que essa é só a primeira de muitas, mesmo que você passe fome no recreio o ano todo.



6. Chorar na frente da galera. Não importa o motivo. Mesmo que seja a perda de um parente, levar uma queda e cair de queixo no chão, perder um jogo, apanhar de alguém. Você vai ser chamado de chorão pro resto da sua vida. Soluçar aumenta 5 pontos na escala chorão. Seus amigos vão se afastar pra não pegar nenhum vírus contagioso que transforme eles numa putinha chorona. Talvez 1 semana depois eles voltem a falar com você, sempre sob a alcunha de "Chorão de merda". Nenhum vai falar com você sobre dignidade, provavelmente eles nem sabem que essa palavra existe nessa época, mas você, ao contrário, vai saber que a partir desse dia isso é uma coisa que você não tem nem um pouco.


7. Ser pego tocando uma bronha. Adolescentes são máquinas sexuais insaciáveis. Digo, sexuais não, pois a única coisa que um adolescente não faz nessa época é sexo. Mas ele homenageia todas as professoras, amigas, primas, e quem mais eles imaginarem. Haja imaginação pra tanta bronha. Chega uma hora que as fantasias ficam repetidas e é até mais demorado conseguir dar aquela gozada rala e sofrida porque o negócio fica tedioso. O cúmulo do constrangimento é você no auge do esforço, com as pernas todas esticadas, músculos contraidos, respiração pra lá de ofegante, aquela marca de grude no azulejo na frente da privada e quando você tá quase chegando lá, a empregada, sua mãe, sua tia, sua prima, irmã, pai, etc. pegam você com a mão na massa. Parece que você perde a família naquele momento. Você se sente órfão, abandonado e sem ninguém pra compartilhar todo o sofrimento. Mas nem por isso deixa de tocar 3 por dia. O trauma dura umas 3 horas, ou tempo suficiente pra que você fique sozinho e possa homenagear a vizinha em paz. O engraçado é não ter constrangimento com cuecas amareladas, lençóis que parecem álbum de figurinhas do campeonato brasileiro, de tão duros e quebradiços. Mas enfim, bronha é bronha e vale qualquer coisa pra aliviar a tensão.


8. Pegar os pais dando umazinha. Não importa, mas nós até essa idade temos certeza "Pais não trepam". Quando a gente descobre que eles continuam fazendo isso, mesmo quando sua mãe tem aquele peito de pêra (pêra cintura), aquela bundinha de maracujá (murcha e cheia de buraquinhos) e seu pai aquela barriguinha saliente que sozinha pesa mais que você e seus dois irmãos juntos, e aquele bilau que ele nem lembra mais como é porque faz 20 anos que não o vê, o trauma é irreversível. Dá náuseas só de imaginar aquela cena com os dois coroas suados e no rala e rola. Você praticamente perde a vontade de fazer sexo, isso passa ser uma coisa nojenta.


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