15 de out. de 2008

A tesourada de Jô do Salão

Deve-se ao veterano Jorge Bastos Moreno, d'O Globo, a revelação de uma história tupiniquim que representa o auge da tragicomédia da eleição este ano - até que seja descoberta outra melhor, ou mais hilária e menos desesperadora para um povo.

Aconteceu em Sooretama, norte do Espírito Santo, cidadezinha de uns 35 mil habitantes. Havia só um candidato, o Esmael Loureiro (PSB). Como a legislação não permite chapa única numa disputa, ele foi atrás de voluntários e convenceu sua cabeleireira, a Jô do Salão, figura benquista na cidade, a concorrer com ele.

Ok, tudo combinado, vitória fácil para o socialista. Jô levou na boa, fez mais campanha no salão que na rua, e até pediu votos para o adversário. Ela mesma confessou ter votado nele.

Aí vem a surpresa das urnas. Nessa brincadeira, Jô venceu a eleição por 73 votos de diferença. Agora, estão gozando o ex-futuro prefeito, um desesperado a quem só resta abrir um salão para cortar cabelos e pedir votos para a próxima eleição. Por quê? Porque Jô levou a sério o anúncio e já forma seu secretariado.

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