Num mundo onde a tecnologia rege nossos horizontes, é cada vez mais notório o papel secundário que tudo o que é considerado velho ou ultrapassado desempenha em nossas vidas.
Não me refiro apenas a pessoas velhas, acabadas, decrépitas (viu Eden?). A humanidade por vezes perde a noção do próprio (sub)desenvolvimento, e tecnologias, comportamentos, pensamentos nascem e tornam-se obsoletos num piscar de olhos.
Porém, outro fato importante a destacar é que, em muitos casos, o velho é muito superior ao novo. E em outras tantas ocasiões, o fato de algo ou alguém ser velho não significa dizer que não tenha serventia ou que tenha piorado.
Quem bebe Whisky sabe do que falo. Quanto mais tempo permanecer no barril, mais exorbitante é o preço. Vinhos também tem o seu preço associado ao ano da safra. No campo da música, bandas como U2, Aerosmith, Rolling Stones reinventam-se a cada dia sem perderem sua essência e deixam as novas gerações a anos-luz de distância. Existem muitas técnicas milenares de produção, construção, etc., que utilizam ferramentas antiquadas e ultrapassadas, mas que possuem uma eficiência tal que resistem ao passar das décadas.
Hoje, temos um fenômeno chamado Abandonware. Significa que existem dezenas, centenas, de softwares, jogos, ferramentas, sistemas, que foram abandonados pelos seus desenvolvedores. Eles não mais se interessam em desenvolver, manter e lucrar com essa montanha de bits e bytes.
Mas como amante de jogos, quem não sente falta de jogar um Prince of Persia para PC ou mesmo sonic do Mega Drive? Há uma grande comunidade no mundo dos games que troca informações, arquivos e jogos editados por geeks para rodarem em sistemas operacionais mais modernos.
No mundo da TI, sempre há a necessidade e urgência para realizar upgrades para novas e caríssimas versões, que nem sempre trazem resultado positivo. Imaginem que, um sistema é desenvolvido, e por mais que se façam testes, correções e melhorias, ele ainda é vendido no mercado com dezenas ou até centenas de bugs. Após alguns anos, quando a versão atinge o auge da sua estabilidade, uma nova versão com brand new bugs é liberada.
Muitos usuários sentem uma sede desértica em atualizar as versões dos seus Microsoft Offices para a 2007, quando na verdade a versão 97 os atenderia perfeitamente, visto que são inaptos para redigir uma simples carta no editor de textos.
O resumo da história é: pense bem antes de deixar para trás o velho pelo novo. Analise bem o impacto que isso trará na sua vida, ambiente de trabalho, produtividade, etc. Muitas vezes, certas coisas antigas são o estado da arte da eficiência. Quanto mais tempo passa, e quanto mais velho ficam, mais mostram que o que vem de novo é apenas uma imitação barata e piorada do que já era perfeito.
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